Sul Realismo

debaixo de um guarda-chuva
mais veloz que um corredor
surfa a linha imaginária
sobre a linha do equador

pisoteando aquelas uvas,
cadê chacrinha alôalô?!
ouvindo a voz da Martnália
do Pelé gritando gol

quarta-feira, 6 de julho de 2011

código morse

Esse enquadramento. É isso que me incomoda. Esse enquadramento...  Por que? Incomoda-me. Incomoda-vos. Um elefante incomoda a todos. Não? De pensar que famigerados ensejais tapibaquigraficamente todos os circunlóquios datilografados em sons de fonemas impressos no ar em ritmo telegráfico como a pronúncia de um afásico! Ora direis, ouvir estrelas, de todas as palavras que dizeis não compreendo uma sequer, no entanto, tereis certeza, lutarei bravamente, até a morte preciso se for, pelo vosso inalienável direito de usá-las, expressá-las e defendê-las em harmonia plena com as curvas da estrada de vosso pensamento que conduzem precisa e seguramente ao endereço certo de vossa idiossincrática, digníssima e legítima opinião. 

Assim falou Zaratustra! Ou fora Voltaire? Voltaire fora ou voltaste?? ... .. Não importa... O importante.. sabeis? Não? Dir-vos-ei ... o importante é o que importa. Tenho dito. Repito, digo, reflito, até discordo comigo e contradigo: nada disto! Replito: Isto é o que importa. Replistar? É um verbo que inventei. Deriva-se do aportuguesado inglês "replay". Replistar é diferente de repetir. A paráfrase, por exemplo, é uma repetição. Mas repletição, definitivamente, não é uma paráfrase. Replistar é repetir com estilo. 

O Macaco da TV Cruj já havia popularizado o "play" como substantivo português em 1997 por meio o bordão dito pelos colegas ultra-jovens: "Dá o play Macaco!" De play pra replay. Lembreis?? Não importa.  Mas se sabeis, nasceste ao final da década de oitenta. 

Parece que o sul realismo, estático, não teve propósito e não tem fim. Não esteve lá, não esteve aqui. Simplesmente, inútil. O que faço cotigo blog amigo?

(rascunho salvo em 11/09/2010)

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